Você é motorista, ciclista, pedestre? Respeita as regras de trânsito? Pode haver convivência entre diferentes veículos na via pública?
E PATINETES? São uma nova forma de circular de maneira mais rápida, ou atrapalham o trânsito de outros veículos? Qual é a sua opinião?
Esta foi a tarefa 4 da prova substituta do Celpe-Bras 2024/2 aplicada em Granada. Geralmente, a tarefa 4 da prova escrita é argumentativa. Pede sua opinião, contrária ou a favor, à apresentada pelo autor do texto.
Lembre que sua opinião não será julgada, criticada ou aprovada.
Vamos à tarefa
Você é usuário de patinete e, após ler a crônica de Mauro Calliari, decidiu escrever para a seção “Carta do Leitor”, posicionando-se sobre as questões levantadas no texto a respeito do uso do patinete na cidade. |
Lembre:
Concentre-se no que for pedido.
Para isso, preste muita atenção ao ENUNCIADO. Ou seja, o que pedem a você?
- emissor ou locutor – usuário de patinete
- interlocutor – leitores do jornal/revista
- gênero textual – carta do leitor
- finalidade do texto –posicionar-se (em contra ou a favor) sobre as questões levantadas no texto a respeito do uso do patinete na cidade.
Muito importante também:
Tente fazer a tarefa em menos de 45 minutos para ter tempo de revisar. E não se esqueça de que o limite para escrever é uma folha tamanho A4 com 30 linhas. Tudo o que for escrito fora deste espaço NÃO SERÁ CONSIDERADO. E a tarefa 4 deve ser feita na folha determinada para esta tarefa. Assim como as demais tarefas.
É muito importante administrar o tempo e o espaço que são dados para as tarefas, por isso é necessário praticar. A prova escrita é longa e o cansaço pode prejudicar você.
Vamos ao texto
Mauro Calliari – Matéria
As fotos foram modificadas
Os patinetes parecem ter invadido não só as ruas e calçadas, mas também o imaginário coletivo da cidade.
Desde o início do serviço de aluguel de patinetes, tem havido um número crescente de relatos de atropelamentos, de quase atropelamentos e muita chateação na convivência entre esse novo ser elétrico e os bípedes.
Apesar da base ainda pequena, a novidade parece ter agradado uma certa camada da população de São Paulo, moradores da região oeste, onde estão concentrados, capaz de pagar um valor de R$1 para cada quinze minutos para se deslocar.
Pesquisa realizada pela empresa Grow mostra que quase 40% das pessoas que usam os patinetes deixaram de usar o carro para ir ao trabalho. Aos finais de semana, porém, o maior uso é para lazer mesmo, até com crianças, o que deveria ser proibido.
Em outras cidades do mundo, o conflito tem sido resolvido de maneiras distintas. Em algumas delas, os patinetes foram proibidos nas calçadas. Em outras, regulamentados, como parece vir a ser o caso de São Paulo, onde há sugestão de que eles não ultrapassem 6 km por hora quando estiverem nas calçadas.
O arquiteto responsável pelo programa de segurança no trânsito de Lisboa, Pedro Gouveia, acredita que proibir os patinetes seria tão ruim quanto deixá-los trafegar sem regulação nenhuma. Ou seja, é melhor se conformar com o fato de que a tecnologia muda sem nosso controle, mas ao poder público cabe decidir em que condições ela deve funcionar.
Como meio de mobilidade, o patinete é um ser estranho, que se move através de motor elétrico, custa relativamente caro, chega a perigosos 20 km por hora e tem rodinhas tão pequenas que tornam cada buraco ou desnível um perigo. Mas é uma alternativa ao trânsito, é mais silencioso e polui menos que um carro e hoje já divide as ciclovias com as bicicletas e as calçadas com os pedestres.
Especialistas defendem o básico: investir em ciclovias para acomodar patinetes, bicicletas e tudo o mais que parece estar sendo inventado em termos de mobilidade. Também precisamos de mais áreas de calçadas.
O fato é que hoje falta espaço para esse novo habitante que foge dos carros nas ruas, mas que acaba ameaçando as pessoas nas calçadas.
É ali que o patinete se torna um motivo de conflito. Assim, ao mesmo tempo em que vale a pena aceitá-lo como solução inevitável de mobilidade, não é possível ignorar o fato de que tem gente que dirige como se estivesse na pista de corrida.
A questão é sempre a mesma – educação. Afinal, um patinete não anda sozinho, ainda. Ele depende de motoristas. E muitos dirigem mal mesmo. É a educação que faz a gente não precisar de leis para cada coisa. Nesse caso, elas seriam algo como:
“Não se pode tirar fininho de pessoas,
principalmente se elas estiverem
com uma criança no colo”.
“Não avance em direção à canela
de alguém a 20km/hora”.
“É proibido assustar os pedestres”.
Francamente, em vez de leis, estamos precisando é que as pessoas que dirigem patinetes se preocupem com os outros. Apesar de ser um veículo lúdico e divertido, o patinete pode machucar.
Se você for dirigir um deles, quando encontrar pedestres, diminua a velocidade até a mesma velocidade de quem estiver andando a pé, ou desça do seu patinete quando tiver muita gente na sua frente.
Olhe no olho de quem vem vindo. Assegure à pessoa de que você a viu.
Não se trata apenas de mobilidade. Trata-se de educação mesmo.
Disponível em: https://sao-paulo.estadao.com.br/blogs/caminhadas-urbanas/patinetes-comotratar-esses-novos-habitantes-da-cidade/
Obs.: a maioria dos dicionários registram patinete como palavra feminina. No cotidiano, como no caso do texto, o vocábulo é usado no masculino.
_____________ 🔆 ________________
Veja outra tarefa com o gênero carta do leitor 👉 Chat GPT
Vocabulário que poderia trazer dificuldade
chateação – aborrecimento, amolação
lazer – entretenimento (não confundir com laser)
Não se pode tirar fininho de pessoas – aproximar-se muito, quase de raspão
Não avance em direção à canela de alguém – canela é a parte dianteira da perna, do joelho ao pé.
Se quiser mais material com relação às patinetes leia: Com regras claras de segurança, Prefeitura permite a volta de patinetes elétricas à cidade de São Paulo
Tomara que o material ajude você a se preparar 🌟
Ah, foi sua tarefa? Então, conte como se saiu.
Dúvidas ou sugestões?
foneticando.portugues@gmail.com