Modismos e gírias brasileiras

Todos os idiomas são modificados depois de algum tempo. Algumas expressões permanecem definitivamente e outras são usadas somente na linguagem coloquial. 

Os modismos, as gírias e as expressões idiomáticas são modificações da língua, principalmente da linguagem coloquial.

O vídeo está no nosso canal. É só clicar aqui You Tube

Se quiser praticar, pode fazer os exercícios interativos

O homem vai se transformando permanentemente. E é natural que a maneira que usamos para nos expressar também se modifique. A velocidade que a tecnologia impõe também acelerou o ritmo das mudanças de vocabulário. Temos expressões exclusivas da internet, como biscoiteiro.

Também pelo uso da tecnologia incorporamos muitos estrangeirismos

Não deixe de assistir ao nosso vídeo You Tube 

Os mais conservadores ficam horrorizados da maneira como “assassinamos” o nosso idioma. Mas será que podemos evitar? Será que deveríamos evitar?

Se o homem evolui e muda não será natural que a língua também acompanhe essa evolução?

Por outro lado, tudo tem um limite. O melhor é deixarmos as gírias para a linguagem coloquial. Em situações formais, a gramática e o vocabulário adequado demonstram não só a cultura dos interlocutores, mas facilitam a compreensão da mensagem.

Um texto formal é compreendido por pessoas de diferentes regiões e níveis socioculturais, enquanto que uma mensagem com gírias regionais ou aquelas utilizadas por um determinado grupo (jargão) não serão compreendidas por todos.

Veja outras gírias e modismos aqui: JURURU

Veja um trechinho da letra da música “A Gíria É Cultura Do Povo”, interpretada por Bezerra da Silva

Toda hora tem gíria no asfalto e no morro

Porque ela é a cultura do povo

Toda hora tem gíria no asfalto e no morro

Porque ela é a cultura do povo

Pisou na bola conversa fiada malandragem

Mala sem alça é o rodo, tá de sacanagem…

Compositores: Elis Alves Da Silva / Roberto Lopes Da Costa Junior

no asfalto e no morro –morro no Brasil é sinônimo de favela. Em muitos lugares, as casas precárias são construídas nos morros. Então, a música se refere a pessoas de diferentes níveis socioculturais. Todas, ricas ou pobres, usam gírias.

Escute um trechinho da música “O MORRO NÃO TEM VEZ” interpretada por Elis Regina.

Pisou na bola – errou, decepcionou alguém
Ela foi embora porque você não cumpriu o que prometeu. Pisou na bola outra vez!

conversa fiada – conversa sem propósito, mentirosa
Juro que amanhã eu pago o que devo.
-Deixa de conversa fiada. Faz 6 meses que você diz a mesma coisa.

Mala sem alça – pessoa chata, desagradável, difícil de aguentar (uma mala sem alça é difícil de carregar, de suportar)
A Júlia é uma mala sem alça. Fica meia hora no telefone reclamando do namorado!

Gírias brasileiras - mala sem alça

malandragem –esperteza, ociosidade
Ele vive na malandragem. Não trabalha e ganha a vida fazendo trapaças.

é o rodo -é chato, cansativo, entediante
Homem que vive falando em doenças é o rodo.

tá de sacanagem –está brincando, não está falando sério
Tô cansado desse emprego. Amanhã peço demissão.
-Cê tá de sacanagem! Como vai manter a família?

Se o uso das gírias for contínuo e elas aparecem com muita frequência em uma mesma oração fica difícil de entender até para um nativo. Então, usar sem exagerar! E nunca em um contexto formal.

Dúvidas ou sugestões?
foneticando.portugues@gmail.com

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