Tarefa 3 – Boneca Indígena – Celpe-Bras 2022

O tema da tarefa 3 do Celpe-Bras 2022 foi BONECA INDÍGENA. Está relacionado com a cultura do povo TIKUNA divulgada através da confecção e comercialização de bonecas que representam essa cultura.

Lembre:

Concentre-se no que for pedido. 

Para isso, preste muita atenção ao ENUNCIADO. Ou seja, o que pedem a você?

  • emissor ou locutor – quem você é?
  • interlocutor – para quem é dirigido o seu texto
  • gênero textual – carta, e-mail, anúncio publicitário etc.
  • finalidade do texto – vender, explicar, descrever, cumprimentar etc.

Muito importante também:

Tente fazer a tarefa em menos de 45 minutos para ter tempo de revisar. E não se esqueça de que o limite para escrever é uma folha tamanho A4 com 30 linhas. Tudo o que for escrito fora deste espaço NÃO SERÁ CONSIDERADO. E a tarefa 3 deve ser feita na folha determinada para esta tarefa. Assim como as demais tarefas.

É muito importante administrar o tempo e o espaço que são dados para as tarefas, por isso é necessário praticar. A prova escrita é longa e o cansaço pode prejudicar você. 

Vamos à tarefa

Boneca Indígena - Tarefa 3 Celpe-Bras 2022

Você é Diretor de Marketing de uma loja de brinquedos. Com base na reportagem sobre as bonecas We’e’ena Tikuna, elabore um e-mail à diretoria de vendas sugerindo a inclusão das bonecas indígenas no catálogo de produtos da loja. Em seu texto, apresente as características das bonecas, o que elas representam, e as vantagens que elas podem trazer para a imagem da empresa.

Neste caso:

  • emissor ou locutor – (você) Diretor de Marketing de uma loja de brinquedos
  • interlocutordiretoria de vendas da loja de brinquedos
  • gênero textuale-mail
  • finalidade do textosugerir a inclusão das bonecas indígenas no catálogo de produtos da loja.

Lembre que na sua redação você não deverá “copiar” e “colar” partes do texto. Entretanto, descreva, como é pedido no enunciado, as características das bonecas, o que elas representam, e as vantagens que elas poderiam trazer para a imagem da empresa.

Seu texto será formal, já que não há uma relação de familiaridade com o interlocutor.

Leia também: Celpe-Bras 2022 – Brasilidade – Mandioca

Indígena cria linha de bonecas para promover
HISTÓRIA DO POVO TIKUNA
Por Victor Lacerda / Edição: Lenne Ferreira / Imagem: Divulgação/Brasil Eco Fashion Week

Boneca Indígena - Tarefa 3 Celpe-Bras 2022

Linguagem lúdica para reconstruir a história não contada nos livros e representar a pluralidade de códigos culturais dos povos indígenas. Esses foram os fatores que motivaram a ativista, designer e empresária We’e’ena Tikuna a criar
uma linha de bonecas em homenagem à sua aldeia de origem, a Umariaçu, no Amazonas, território da nação Tikuna.
Com produção de três a cinco dias, os grafismos, o algodão cru e a fibra vegetal retirada do pé de Tururi – espécie local e milenar – são os materiais que dão vida às pequenas.

Em entrevista para a Alma Preta Jornalismo, We’e’ena, que na língua Tikuna significa “a onça que nada para o
outro lado do rio”, conta que o desejo de criar as miniaturas surgiu após um convite feito em 2019 para desfilar outros produtos da sua marca no Brasil Eco Fashion Week. Dona da primeira marca de moda contemporânea projetada inteiramente por uma indígena, sem intermediários, We’e’ena conta que seu intuito sempre foi informar sobre a sua origem através das suas expressões artísticas. Com as miniaturas não foi diferente. “Desde o princípio, trabalhei com grafismos sagrados do meu povo, com estamparia colorida e com materiais que representassem o nosso dia a dia. A intenção sempre foi reafirmar que o consumidor não estava ali levando apenas uma boneca de pano, mas, sim, uma história, que vai contra o preconceito e o não conhecimento da verdadeira história do meu povo”.

A preocupação em educar as novas gerações por meio dos brinquedos acessa um lugar íntimo da memória da idealizadora. “Foi uma situação difícil quando ainda era jovem. Tive que repetir o colegial várias vezes por não entender o português. Até os 12 anos, só tinha contato com a língua Tikuna, minha língua-mãe. Isso foi motivo de preconceito na escola”.

A empresária relata ainda que “Até nas visitas que fazia nas escolas, quando paramentada com minhas roupas tradicionais, as crianças fugiam, choravam e eu não conseguia compreender as reações. Depois entendi que aquilo era resultado da associação da figura passada pelos livros, uma visão que coloca o indígena como alguém que flecha, que mata e que assusta. Um retrato errado de quem somos”.

We’e’ena traz uma pluralidade de modelos de bonecas em miniatura com seu próprio nome, mas com roupas e formas diferentes. A ideia central é não reproduzir o que já existe no mercado, nem na representação do povo de sua origem, nem na estética como um todo. “As bonecas We’e’ena Tikuna também chegam como forma de representar o corpo real, sem cintura fina, sem traços lidos como padrões da sociedade. Quis trazer com elas o que é ser nativa e as possibilidades que um corpo brasileiro pode ter. Tudo para gerar identificação e exercitar um olhar de amor a quem somos desde pequenos. Uma tentativa de exercício que fala, também, sobre aceitação”, explica.

Disponível em: <http://pinacoteca.org.br/programacao/enciclopedia-negra/>.
Acesso em: 26 jun. 2021 (adaptado).

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