O tema da tarefa 4 do Celpe-Bras 2022 está relacionado à saúde. Você deverá expor sua opinião com base em argumentos a fim de fundamentar seu ponto de vista.
“O fantasma da varíola” foi um artigo do Dr. Drauzio Varella, médico muito popular nos meios de comunicação.
Como fazer a tarefa
Concentre-se no que for pedido.
Para isso, preste muita atenção ao ENUNCIADO. Ou seja, o que pedem a você?
- emissor ou locutor – ⇒ (você) cidadão
- interlocutor ⇒ autor do texto
- gênero textual ⇒ comentário
- finalidade do texto ⇒ posicionar-se com relação à destruição dos estoques do vírus da varíola, defendendo seu ponto de vista.
- suporte (onde será publicado) ⇒ site
Muito importante também:
Tente fazer a tarefa em menos de 45 minutos para ter tempo de revisar. E não se esqueça de que o limite para escrever é uma folha tamanho A4 com 30 linhas. Tudo o que for escrito fora deste espaço NÃO SERÁ CONSIDERADO. E a tarefa 4 deve ser feita na folha determinada para esta tarefa. Assim como as demais tarefas.
É muito importante administrar o tempo e o espaço que são dados para as tarefas, por isso é necessário praticar. A prova escrita é longa e o cansaço pode prejudicar você.
Vamos à tarefa
Como cidadão consciente, e após a leitura do artigo, escreva uma mensagem para o autor a ser divulgada em seu site. Em seu texto, posicione-se sobre a destruição dos estoques do vírus da varíola, defendendo seu ponto de vista. |
Você deverá expor sua opinião com base em argumentos a fim de fundamentar seu ponto de vista.
Seu texto será formal. Evite o uso de gírias e de abreviaturas.
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O fantasma da varíola
Amostras do vírus permaneceram armazenadas em dois laboratórios
Por Redação
O vírus da varíola conviveu com a humanidade por milênios. Teria surgido nos primeiros agrupamentos agrícolas, no nordeste da África, há 10 mil anos. A múmia de Ramsés 5º —morto em 1.156 a.C.— trazia na pele as cicatrizes das lesões características da varíola. Há evidências de que a doença já estava presente na China naquele tempo.
Introduzido na Europa no tempo dos romanos, o vírus provocou epidemias que coincidiram com os primeiros estágios da decadência do império. A que se disseminou na época de Antonino teria provocado milhões de mortes. Altamente transmissível, a varíola ficou limitada à Euro-Ásia até o século 15, com taxas de mortalidade que chegavam a 90%.
As Cruzadas levaram o vírus ao Oriente Médio, e os navegadores às Américas, ao Caribe e à África —por meio do tráfico de escravizados. A doença chegou ao século 18 com índices de mortalidade que variavam de 20% a 60%. As crianças foram mais castigadas: 80% de mortalidade em Londres e 98% em Berlim. Então, em 1776, o inglês Edward Jenner imunizou um menino com uma preparação obtida por escarificação das lesões de varíola presentes numa vaca. Estava descoberta a primeira vacina com vírus atenuado, que, em dois séculos, erradicaria a doença.
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O último óbito aconteceu em 1978, na cidade de Birmingham, no Reino Unido. A fotógrafa médica Janet Parker adquiriu a infecção no laboratório da faculdade em que trabalhava, e faleceu um mês mais tarde. Em 1980, a OMS declarou extinta a doença. Apesar da erradicação, amostras do vírus permaneceram armazenadas em dois laboratórios de segurança máxima. Um deles, em Atlanta, no Centers for Disease Control; o outro, no laboratório Vector, em Novosibirsk, na Rússia.
Há anos, os especialistas discutem a conveniência de destruir esses estoques. Os favoráveis argumentam que a preservação traz a possibilidade de um acidente laboratorial ou de o vírus cair nas mãos de bioterroristas que o disseminariam em populações não imunizadas. Os contrários dizem que as pesquisas devem prosseguir porque não há como ter certeza absoluta de que a doença jamais retornará. Muitos estão preocupados que o degelo no Ártico traga à tona corpos com o vírus ainda viável. Se partículas virais foram isoladas em múmias egípcias mantidas à temperatura ambiente, a preocupação não seria descabida.
Em pleno século 21, apesar de ainda existirem patrulhas de defensores de ideologias esdrúxulas contrárias às vacinações, a vacina desenvolvida por Jenner é considerada a descoberta de maior impacto na história da saúde pública mundial. Em 20 anos, evitou centenas de milhões de mortes, o sofrimento que as precede, as desfigurações da face e da alma dos sobreviventes.
Disponível em: VARELLA, Drauzio. O fantasma da varíola. Disponível
em: http://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/o-fantasmada-
variola-artigo/. Acesso em 13 jun.2021 (adaptado).
Orientação:
Não deixe de ler as dicas que temos pra você se sair bem nas provas. É só clicar You Tube
Geralmente, as publicações pela internet, em um site, possuem um espaço ao final para que os leitores coloquem seu comentário. Veja a imagem:
Neste caso, há uma diferença com a CARTA DE LEITOR que é publicada em um jornal.
Os comentários de um site, são mais concisos e não exigem o vocativo (é claro que o interlocutor é o editor da mensagem). Também não é preciso colocar a data, pois isso é feito automaticamente.
Mas, mesmo que seja conciso, deverá conter:
- introdução
- desenvolvimento
- conclusão
Lembre que um comentário é um texto de opinião. E isso é pedido no enunciado: posicione-se sobre a destruição dos estoques do vírus da varíola, defendendo seu ponto de vista.
Geralmente, em um comentário real, de um site, editorial ou artigo de opinião você poderia citar dados de outras fontes. Neste caso, o melhor é utilizar somente o material do texto apresentado.
Seu ponto de vista deve ser coerente e claro, ter uma conexão com os dados apresentados no texto.
Você poderá fazer uma breve resenha do texto, e logo a seguir, expor seu ponto de vista relacionado ao tema.
Como conclusão, poderia ser:
-Este é o meu ponto de vista. Agradeço a oportunidade de expor minha opinião.
O comentário de site não se assina. E lembre que, mesmo em textos que devem ser assinados, NUNCA coloque seu nome real. Isso anularia a sua prova.
Dúvidas ou sugestões?
foneticando.portugues@gmail.com