Amor é aceitação – Celpe-Bras 2024/2

Pra você, o amor é tudo na vida? Fazemos tudo por afeto, compreensão e companhia? Somos capazes de aceitar tudo?

A tarefa 4 do Celpe-Bras de outubro de 2024 foi Amor é aceitação.

Amor é aceitação - Tarefa 4

Após ler o texto “Amor é aceitação”, você decidiu escrever uma carta para o jornal Pioneiro, expressando sua opinião sobre o tema. Em seu texto, retome os argumentos apresentados pela autora e concorde ou discorde da opinião por ela sustentada no artigo.

Tarefa 4 Celpe-Bras 2024/2

Por Trissia Ordovás Sartori

Como fazer a tarefa

Concentre-se no que for pedido. 

Para isso, preste muita atenção ao ENUNCIADO. O que pedem a você?

  • emissor ou locutor   (você) leitor que escreve para o jornal Pioneiro
  • interlocutor leitores do jornal
  • gênero textual carta do leitor
  • finalidade do texto posicionar-se concordando ou discordando da opinião sustentada pela escritora do artigo
  • suporte (onde será publicado) jornal Pioneiro

Veja como fazer CARTA DO LEITOR

Muito importante também:

Tente fazer a tarefa em menos de 45 minutos para ter tempo de revisar. E não se esqueça de que o limite para escrever é uma folha tamanho A4 com 30 linhas. Tudo o que for escrito fora deste espaço NÃO SERÁ CONSIDERADO. E a tarefa 4 deve ser feita na folha determinada para esta tarefa. Assim como as demais tarefas.

É muito importante administrar o tempo e o espaço que são dados para as tarefas, por isso é necessário praticar. A prova escrita é longa e o cansaço pode prejudicar você. 

Vamos ao texto

Com vitrines, espaços e programações repletas de coraçõezinhos graças à proximidade do Dia dos Namorados, aproveito para pensar em todas as possibilidades amorosas que permeiam nossa vida. Na música “Mundo dos negócios”, Zeca Baleiro canta que “canções de amor se parecem porque não existe outro amor”, mas eu discordo: amor é personalizado e cada um o recebe de uma forma diferente. O primeiro e o último namorado de alguém não ganham o mesmo tipo de amor, mas ambos são bem importantes e intensos.

Como adoro esse tema, dou uma olhada na minha estante de livros e percebo que existe uma pilha destacada das demais que versa sobre o assunto: seja na visão da literatura, no ocidente, na liquidez dos relacionamentos, na luxúria, na poesia… Fiz essa separação de propósito, numa tentativa simbólica de não banalizar o amor. Não faltam impressões e inspirações para falar desse sentimento, que a gente associa com mais facilidade aos nossos pares, mas que permeia boa parte das nossas relações verdadeiras.

Lembro, então, de uma história que ouvi há algum tempo sobre o significado da palavra amor na língua fongbé, falada principalmente na África ocidental: wan (essência) yinyin (aceitação). Amor é, portanto, um processo racional experimentado por quem descobriu a essência de uma pessoa e, ainda assim, decidiu aceitá-la. Achei isso tão lindo e fiquei pensando nas formas com que o sentimento se manifesta no nosso dia a dia, nos pequenos gestos, nas leituras que só aprendemos a fazer com o tempo. Transcende, inclusive, a verbalização do esperado “eu te amo”.

Influência da África no português do Brasil

Ele pode aparecer na mãe que faz a comida favorita da filha para recebê-la, no pai compartilhando com amigos as pequenas conquistas dos filhos, na namorada deixando uma mesa ao lado da cama cheia de remédios e guloseimas para o namorado acamado não precisar sair dali, nas frutas que o marido corta e coloca em um potinho para a esposa levar ao trabalho, no filho acompanhando o pai no jogo do time do coração, mesmo sem gostar tanto de futebol, no amigo que ajuda a carregar a mudança do outro, na amiga que aprende uma técnica artística para pintar a parede do apartamento novo da amiga, no mimo entregue a um colega depois de um dia complicado no trabalho…

Iniciativas de quem, em meio a tanta correria e a tanta gente, decidiu olhar para algumas pessoas especiais e enxergá-las como elas são. E escolhe permanecer, apesar de tudo. Entender que, nessas circunstâncias, podemos ser exatamente como somos — cansados, chatos, brabos, falantes, animados, esperançosos, doentes, inquietos, ansiosos, faceiros, sociáveis… — e sermos acolhidos é um sinal de termos bem mais do que supomos. Proponho o exercício de começar a prestar atenção nos gestos, nos abraços, nos olhares e em todo tipo de declaração que só pode ser lida por quem decidiu ficar e perceber quanto amor — bem além dos corações datados das vitrines — existe ao nosso redor.

fonte: Zero Hora 

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A carta do leitor pode ser assinada, ou você pode deixar apenas seu número de documento. Mas na prova escrita do Celpe-Bras NUNCA assine com seu nome verdadeiro. Isso anularia a sua prova. O anonimato garante a imparcialidade da correção.

Tomara que o material ajude você a se preparar. Se tiver qualquer dúvida, escreva pra gente.

Dúvidas ou sugestões?
foneticando.portugues@gmail.com

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