Mais-que-perfeito simples e composto

Com certeza você usa este tempo verbal todos os dias, mas não se lembra do seu nome.

Você sabe que tempo verbal é o Mais-que-perfeito? Para os estrangeiros que querem prestar o Celpe-Bras, e mesmo para os que querem aprender para se comunicar, os nomes gramaticais não importam.

Mencionamos para poder explicar os seus usos. O importante é usar bem, de maneira adequada.

Usamos o pretérito mais-que-perfeito para assinalar um fato passado em relação a outro também no passado. Aparece nas formas simples e composta.

Quando o Zeca chegou (9:00) o filme já começara (começou às 8:50) Pretérito mais-que-perfeito simples.

Quando o Zeca chegou (9:00) o filme já tinha começado (começou às 8:50) Pretérito mais-que-perfeito composto.

A forma simples é utilizada somente em discursos formais e principalmente literários.

No texto 👉 A Rocha, este tempo verbal aparece várias vezes:

Dona Mimosa …Enterrara um marido, criara 11 filhos, ajudara a criar 20 netos e, se não tivera nada a ver com o começo da República, pelo menos estivera presente.

A forma composta é a que utilizamos na linguagem coloquial e em textos jornalísticos, publicitários, artigos, dissertações etc.

Pretérito mais-que-perfeito simples

Formado através da 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo. A terminação será sempre igual para todos os verbos, mesmo os irregulares:

mais-que-perfeito-simples

Formação do Pretérito mais-que-perfeito composto

mais-que-perfeito-composto

Quando eu chegueitinha parado de chover.
(cheguei às 8:00 e parou de chover às 6:00). Fato passado relacionado a outro também passado.

Veja os verbos do texto “A Rocha” passados ao mais-que-perfeito composto. Você pode assistir ao vídeo relacionado aqui

Dona Mimosa …Enterrara um marido, criara 11 filhos, ajudara a criar 20 netos e, se não tivera nada a ver com o começo da República, pelo menos estivera presente.

Dona Mimosa …Tinha/havia enterrado um marido, tinha/havia criado 11 filhos, tinha/havia ajudado a criar 20 netos e, se não tinha/havia tido nada a ver com o começo da República, pelo menos tinha/havia estado presente.

E como já mencionamos anteriormente, o mais-que-perfeito simples é utilizado em textos muito formais ou em textos literários, como é o caso do texto apresentado. No dia a dia utilizamos o mais-que-perfeito composto, que também pode ser utilizado em textos formais.

O verbo auxiliar (que conjugamos) é acompanhado do particípio passado do verbo principal:

Tinha/tínhamos/tinham comprado
Tinha/tínhamos/tinham esquecido
Tinha/tínhamos/tinham partido

Os verbos acima são regulares, terminam em ADO/IDO. É importante saber o particípio passado dos irregulares, por exemplo:

abrir  aberto dizer dito
cobrir  coberto ter  tido
escrever  escrito pôr  posto
fazer  feito compor  composto
vir vindo estar  estado

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