A Última Floresta – Tarefa 2 – Celpe-Bras 2025/1

Você gosta de cinema? Esta tarefa tratou-se de um documentário relacionado aos povos indígenas.

O tema da tarefa 2 do Celpe-Bras de março de 2025 foi “A Última Floresta“. Ouça o áudio e veja do que se trata.

Se ainda vai prestar o exame, tente fazer a tarefa para estar afiado para a prova escrita.

A última floresta

Você vai ouvir duas vezes o áudio, podendo fazer anotações enquanto ouve.

Você é colunista de um website especializado em cinema brasileiro, e decidiu escrever sobre a relação do diretor Luiz Bolognesi com o documentário “A Última Floresta”. Com base nas informações do áudio, escreva um texto para a coluna Por trás das câmeras, apresentando as motivações do cineasta para produzir o filme e seu aprendizado sobre os povos indígenas durante a realização do documentário.

Preste muita atenção ao enunciado. O que pedem a você?

  • emissor ou locutor quem você é? colunista de um website especializado em cinema brasileiro
  • interlocutores leitores da coluna do website
  • gênero textual artigo
  • finalidade do texto apresentar as motivações do cineasta para produzir o filme e seu aprendizado sobre os povos indígenas durante a realização do documentário.

Veja como escrever um artigo  Motociclistas Profissionais

Veja que está tudo escrito no enunciado, por isso, é preciso lê-lo com muita atenção antes de começar a fazer sua tarefa.

O vídeo legendado está no nosso canal You Tube

Logo abaixo, deixamos a transcrição para você tirar dúvidas de vocabulário.

Transcrição do áudio “A Última Floresta”

Repórter R

Luiz Bolognesi LB

R– Olá, começa agora mais um Brasil de Fato entrevista.

Hoje a nossa conversa é com o diretor de cinema Luiz Bolognesi que acabou de lançar o documentário “A última Floresta”, gravado em uma aldeia Yanomami.

Luiz Bolognesi

O roteiro do filme foi feito em parceria com o líder indígena Davi Kopenawa e explora temas como a luta contra o garimpo ilegal, a preservação da floresta e a mitologia Yanomami.

Davi Kopenawa

Confira:

O relacionamento com os Yanomamis durante algumas semanas, foi uma coisa que realmente mudou a minha vida. Eles não tentam controlar o futuro e isso cria algumas consequências imediatas muito interessantes, que é, eles estão muito presentes no aqui agora, eles estão muito vivos no momento, isso faz com que eles façam as coisas mais bem feitas que a gente.

Eles conseguem tecer, cozinhar, caçar com uma calma, ou mesmo ser atores de filme com uma presença, com um foco que nenhum ator ou atriz branca que eu trabalhei consegue entregar, porque ele tá (está) disperso.

A motivação de fazer a última floresta ela tem um estopim no longo prazo e no curto. Eu vou falar rapidamente do longo prazo.

No longo prazo, é um encantamento que eu tenho há muito tempo, desde a juventude. Um fascínio que eu tenho por conhecer como são, como eram, como pensam os povos nativos, os povos originais que a gente chama de povos indígenas que estavam no que a gente chama de Brasil, hoje, antes dos europeus chegarem. Então, eu estudei antropologia e esse encantamento foi crescendo, mas ele não se deu apenas no campo intelectual, né, além de eu aprofundar meu conhecimento por entender que a gente sabe muito pouco, apesar de termos quase todos nós, a maioria dos brasileiros, segundo estudo, 70% dos brasileiros têm antepassados indígenas.

Cena do filme A última floresta

Cena do filme A última Floresta

Eu sei que eu tenho, e a grande maioria tem. A nossa cultura é marcada por isso, mas eu acho que a gente ainda tem muito pra (para) aprender e o que me encanta é que esses povos todos, que eram cerca de mil nações do que é hoje Brasil, hoje são aproximadamente duzentas, eles desenvolveram ao longo de milhares de anos, uma tecnologia, uma ciência, uma filosofia que a gente ignora, que era capaz de prover, no modo de vida bastante coletivo e solidário fartura de carboidrato e proteína, fartura metafísica, filosófica, mitológica, religiosa num ambiente de muita coletividade.

O próprio modo circular de viver é o impedimento de privilégios, então é tudo circular. O cacique, o líder não mora num lugar melhor que os outros e é muito interessante a maneira coletiva como eles educam criança, a noção de negar a propriedade privada, tudo isso me encanta.

Eu desenvolvi um trabalho intelectual e o meu cinema se aproximou desse universo, e o que eu entendo eu quero traduzir através do cinema.

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Dúvidas de vocabulário?

Yanomamis – também podemos escrever Ianomâmis

tá (está) – somente usamos a “abreviatura” de está na linguagem oral e informal.

ESTOPIM – (sentido próprio) fio que acionado detona um material explosivo.

Sentido figurado – circunstância que desencadeia um acontecimento.

estopim

Vai prestar o exame? BOA SORTE! 🍀

Já prestou e esse foi o tema da sua prova? Comente como se saiu.

Dúvidas ou sugestões?
foneticando.portugues@gmail.com

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